Caminhos de uma borboleta

domingo, 19 de dezembro de 2010

Esses são alguns textos com os quais me identifico muito, e que por isso resolvi colocá-los aqui. Porém, as palavras contidas nesses textos não são minhas. São palavras que eu quis escrever, mas não achei a forma certa de fazê-lo. No entanto, elas parecem ter sido tiradas do fundo da minha alma, traduzindo e mostrando um pouco do que eu sou.

No fim das contas,
Tudo o que precisamos mesmo é estar próximos de alguém. Então, essa coisa, onde todos nós mantemos nossa distância e fingimos não nos importar uns com os outros, é normalmente um monte de abobrinha. Então, nós vamos e escolhemos de quem queremos ficar perto, e uma vez que escolhemos aquelas pessoas, tendemos a continuar perto. Não importa o quanto nós os magoamos, as pessoas que estão contigo no fim são aquelas que vale a pena manter. E, claro, às vezes o perto pode ser perto demais. Mas, às vezes, essa invasão do espaço pessoal pode ser exatamente do que precisamos. (ou não)

Esquecer e perdoar.
É isso que dizem por aí. É um bom conselho, mas não muito prático. Quando alguém nos machuca, queremos machucá-los de volta. Quando alguém erra conosco, queremos estar certos. Sem perdão, antigos placares nunca empatam, velhas feridas nunca fecham. E o máximo que podemos esperar é que um dia tenhamos a sorte de esquecer.

Não se pergunte...
...por que as pessoas enlouquecem. Se pergunte por que não enlouquecem. Diante do que podemos perder num dia, num instante. Se pergunte que diabos é isso que nos faz manter a razão.

O tempo.
Na hora da saudade, da tristeza, do desamparo, é com ele que contamos: o tempo. Queremos dormir e acordar dez anos depois curados daquela idéia fixa que se instalou no peito, aquela obsessão por alguém que já partiu de nossas vidas. No entanto, tudo o que nos invadiu com intensidade, tudo o que foi realmente verdadeiro e vivenciado profundamente não passa. Fica. Acomoda-se dentro da gente e de vez em quando cutuca, se mexe, nos faz lembrar da sua existência. O grande segredo é não se estressar com este inquilino incômodo, deixá-lo em paz no quartinho dos fundos e abrir espaço na casa para outros acontecimentos.

Erros são dolorosos,
mas eles são a única forma de descobrir quem você realmente é.

Os contos de fada. 
Sabe quando você era uma criança e você acreditava em contos de fadas? Essa fantasia de que sua vida seria - o vestidinho branco, o Príncipe Encantado que iria te levar para um castelo em uma colina. Você se deitava na cama à noite, fechava seus olhos e você tinha fé total e absoluta nisso. Papai Noel, a fada dos dentes, o Príncipe Encantado - eles ficavam tão perto que você podia tocá-los. Mas aí você cresce e um dia você abri os olhos e o conto de fadas desaparece. A maioria das pessoas se voltam para as coisas e as pessoas em que podem confiar. Mas a coisa é a seguinte, é difícil deixar  totalmente de ir nesse conto de fadas , porque quase todo mundo tem, seja ela a menor que for, um pouco de esperança e fé que um dia iria abrir os olhos e tudo iria se tornar realidade.

Há um velho provérbio...
...que diz que você não pode escolher sua família. Você aceita o que o destino lhe dá. E gostando deles ou não, amando-os ou não, entendendo-os ou não, você se adapta a eles. Aí tem também aquele que diz que a família onde você nasce é simplesmente o ponto de partida. Eles te alimentam, te vestem e tomam conta de você até que esteja pronto para cair no mundo e encontrar sua própria família, sua tribo.


Existem duas pessoas em mim.
O que eu faço e o que eu sou. São pessoas diferentes que, aos olhos de muitos, são absolutamente iguais. No entanto, tamanha semelhança não justifica tanta confusão. Caixas cheias, contendo toneladas de decepções são empilhadas a cada vez que o que eu faço entra em conflito com o que eu sou. E não há como juntar as pessoas em uma. São almas feitas para serem somadas, não subtraídas. Se houvesse algum jeito de fazê-lo, os verbos ser e fazer seriam um só, com o mesmo significado. Portanto, não confunda. (e nem entendam errado, não estou dizendo que sou falsa.)

Espero que tenham gostado ^^

domingo, 12 de dezembro de 2010

Postagem dedicada a uma das minhas alegrias.

Bem...depois de mil e uma tentativas, não consegui fazer uma poesia sobre o meu incrível e imenso amor pela chuva, pelo frio e pelo céu no tom de cinza escuro.

É incrível como o céu se transforma de tal maneira;
É lindo como tudo toma aquele tom de cinza, aquele tom que deixa tudo mais lindo, mais sereno, mais sombrio.

Dias de chuva me ajudam a limpar a mente e, nesses momentos, eu não gosto de pensar em nada, gosto apenas de ficar contemplando a divindade da natureza, de ver como ela é capaz de fazer com um céu inteiro chore. [/ E por favor não pensem que eu gosto de ver sofrimento, aquilo foi uma metáfora.]

Simplesmente não encontro palavras para expressar o meu imenso amor pela chuva. Pelo céu nublado. Pelo frio natural. É algo que se encontra acima das palavras. Então aqui fica – ou não -  o meu pensamento sobre este lindo fenômeno da natureza.

sábado, 11 de dezembro de 2010

"Doces sonhos"

Essa música é umas das eu gosto de escutar antes de dormir...me ajuda a refletir sobre a vida nos meus últimos segundos de consciência antes do sono profundo.


Wakeshima Kanon - Sweet Dreams

Errar é humano?

"Errar é humano." , isso é o que quase todas as pessoas dizem quando erram ou quando outro erra. Mas será que errar faz parte apenas da "natureza" humana? Será que somos capazes apenas de errar?
Na minha concepção, o erro é uma oportunidade. Uma oportunidade de aprendizado e de amadurecimento. Concordo com a sentença de nós aprendemos com os nossos erros, a partir do momento que sofremos as conseqüências do mesmo. Eu só gostaria de entender o porquê de ninguém falar que "Acertar é humano."
Tenho consciência de que o ser humano possui defeitos tão imensos quanto a sua capacidade de fazer o mal em prol do bem próprio, porém a nossa espécie também tem a capacidade de acertar. 
Não generalizemos, por favor.
A nossa espécie tem o privilégio de ser diferente, no sentido que cada um de nós é COMPLETAMENTE distinto do outro. Não simpatizo com quem diz que todos os seres humanos não prestam. Certo, também não estou querendo dizer que há aqueles "santos", porém nós temos a capacidade de admitirmos os nossos erros, aprender com eles, realmente aprender com eles, e amadurecermos com isso, mudando nossa capacidade de pensamento e atitude. Então porque não o "Acertar é humano."? Será que somos tão imundos assim? Será que, com a inteligência que nos foi concedida, ninguém acertou? 
Mas como assim acertar?
Depende do referencial, não?! O cara que inventou o carro pode ter pensado, assim como tantos outros, que acertou em cheio quando criou um objeto que facilitaria a vida de todos no âmbito de locomoção rápida. E hoje, não tirando o mérito do criado ou muito menos a qualidade do seu invento, vemos que o planeta sofre. Então, o acertar e o errar tem sentido apenas na visão individual., porém, ainda neste exemplo, não faltam pesquisadores tentando achar uma forma de deixar o carro mais ecológico. 
Não estou querendo dizer que o cara que manda desmatar uma reserva para no lugar construir um shopping esteja certo. O que estou tentando passar como mensagem nesse texto é que o ser humano, assim como tem a capacidade de ser um algo ruim, também tem a capacidade ser se tornar algo bom e fazer algo em prol do bem maior. 
Mas disso estou certa: o homem acertou quando criou o piano, o violino, o saxofone, desenvolveu a filosofia, o teatro, a música e etc. Estou dizendo que o ser humano é uma espécie única, com particularidades individuais. 
O "mesmo" homem que corta as árvores, faz casacos com a pele dos animais, colabora com a escravidão, proclama a ditadura e etc, é o "mesmo" que planta uma semente, reconhece a importância da água e do planeta, cuida de crianças com câncer e afins. Então aqui fica a sentença: Errar é humano, assim como o acertar também.


"Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver" 
(Cazuza)

sábado, 4 de dezembro de 2010

O Homem e o Cão

Quanto mais conheço o homem
Mais eu gosto do meu cão


Há homem que não merece
A comida do Sultão
Por isso quando falo
No fundo tenho razão
Quanto mais conheço o homem
Mais eu gosto do meu cão

A um amigo dei almoço
Dividi meu capital
Meu cachorro dei um osso
Lá no fundo do quintal
E no fim quem foi ingrato
Não foi meu cachorro não
Quanto mais conheço o homem
Mais eu gosto do meu cão

- Banda 2ois ♫ 

Lama

Não, não dê mais tantas voltas, não.
Se chicoteia assim por qualquer perdão.
Todo esse teatro não impressiona
Por maior que seja sua recompensa
Não se importe tanto assim
Com sua imagem decadente enfim.
Nada adianta depois se lamentar
Por maior que seja sua recompensa.

Volta, ou vai embora, meu amor.
Sem ameaças ensaiadas na frente do espelho.
O caminho mais fácil nem sempre é melhor que o da dor.

Dê uma chance pra vida te mostrar
Um jeito menos doloroso de se despedir.
Não seja assim tão duro amor com as palavras.
Lave bem as suas mãos antes de se decidir.
Tira essa lama das botas
Antes de me dar as costas.

Não, não dê mais tantas voltas, não.
Se chicoteia assim por qualquer perdão.
Todo esse teatro não impressiona
Por maior que seja sua recompensa
Não se importe tanto assim
Com sua imagem decadente enfim.
Nada adianta depois se lamentar
Por menor que seja sua displicência.

Volta, ou vai embora, meu amor.
Sem ameaças ensaiadas na frente do espelho.
O caminho mais fácil nem sempre é melhor que o da dor.

Dê uma chance pra vida te mostrar
Um jeito menos doloroso de se despedir.
Não seja assim tão duro amor com as palavras.
Lave bem as suas mãos antes de se decidir.
Tira essa lama das botas
Antes de me dar as costas.

Uma música de Luxúria ♫ ; Sempre me identifiquei muito com essa música, ela me faz refletir sobre várias coisas: como medo do erro, a falsidade do homem, a arrogância humana para alcançar seus objetivos e a vergonha que algumas pessoas sentem de, simplesmente, amar.

Espaço Vazio

E a fumaça vai conduzir os nadadores
Não há nada sobrando
Você fez o suficiente
Ele ainda está vivo

Ele está respirando por conta própria
Eu deixo tudo o que eu tenho
Você fez o suficiente
Ele ainda está vivo
E ele está respirando por conta própria
E ele está respirando por conta própria

Há caos por toda parte
E o pânico escrito no ar
Que todo mundo está respirando
E a exterminante luz do dia
A dor nunca vai embora
O medo nunca vai cessar

Você fez o suficiente
Ele ainda está vivo
Ele está respirando por conta própria
Eu deixo tudo o que eu tenho
Você fez o suficiente
Ele ainda está vivo
E ele está respirando por conta própria
E ele está respirando por conta própria

E Deus salvou nossas almas
Quantas mesas viraram
E quebraram

Mais um assim pode ser o fim
Eles dizem, eles nos disseram todos há muito tempo
Mas estávamos ocupados indo pra cama
Mais um assim pode ser o fim
E sabíamos disto há muito tempo
Sabíamos disto há muito tempo"

Uma música de  Air Traffic

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O porquê.

Nesses dias monótonos resolvi fazer este blog. Mas não gostaria de tratá-lo como um diário. Não mesmo. Não estou a fim de me expor dessa forma. Porém achei interessante a ideia de mostrar para outras pessoas meus ideais, concepções de algumas coisas, minha visão do mundo, e uma visão de mim própria. Espero fazer isso da forma certa...

Mas partindo para o assunto da minha primeira postagem: o porquê. Refiro-me ao nome do próprio blog. No começo não fazia a mínina ideia de qual nome colocar nessa página. Procurava por algo meio filosófico e diferente ao mesmo tempo. Algo que demonstrasse que eu não queria que essa página se tornasse apenas umas tantas bilhões que existem nesse mundo virtual. Procurava por algo que demonstrasse um valor próprio, único. Algo que fosse a minha cara, e que correspondesse as minhas próprias expectativas para com o meu primeiro blog. Enfim, depois de muito descansar meus dedos no teclado e fazer meu cérebro trabalhar feito um louco, cheguei ao nome de "Caminhos de uma borboleta". 

Mas, por que logo uma borboleta? 

Bem...uma borboleta passa por metamorfoses durante sua vida. E eu, como ser humano, também. A borboleta, que antes fora uma larva - muitas vezes sendo motivo de aversão e nojo por isso - ao se desenvolver dentro de um casulo, sai de lá como uma linda criatura de asas perfeitas e aparência encantadora - muitas vezes sendo motivo de fascinação por isso

A borboleta passa por muitas dificuldades durante as fases de seu desenvolvimento, ora sendo alvo de aversão, ora sendo alvo de fascinação. Não seria assim conosco? Quem nunca passou por isso em pelo menos um mísero momento desta vida?...
Um outro ponto é: Esta criaturinha age como um agente polinizador. Se extintas, haveria prejuízos para a flora, que seriam prejuízos iniciais, e para a fauna, que seriam prejuízos consequentes. Ora ora, um bicho tão pequeno com  uma responsabilidade infinitamente maior. Como seria a vida no planeta sem estas criaturas que, na maioria das vezes, são vistas apenas como insetos bonitinhos, mas que algumas pessoas na realidade nem sabem da sua importância?

Caminhos de uma borboleta se refere ao percursos realizados por todos nós, todas as dificuldades que encontramos no nossos caminhos, todas as pedras que foram deixadas para nos machucar, mas acima de todos esses contra-tempos, acima e muito maior que tudo isso, encontra-se nossas realizações, nossa alegria, nossa força. A vontade própria de viver a vida tal como ela é, porém com aquele sentimento de fazer o que deve ser feito, da maneira certa, do jeito certo. Sem más intenções, ou atalhos pelo caminho. 

Como uma verdadeira metarmofose ambulante. Com todas as nossas fraquezas e defeitos: Nossa delicadeza. Mas também como as nossas qualidades e perseverança: Nossa força. Pois todos nós, cada de nós, tem uma importância ÚNICA, mas que também precisa estar em sintonia com todo o coletivo.
Então, sigamos nossos caminhos, nos tornando seres definitivamente pensantes! Que mesmo que em certas vezes sejamos alvos de aversão, que tenhamos a capacidade de sermos alvo de fascinação e alegria, transparecendo calma, simplicidade e a real beleza da natureza.

"A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de renascimento, transformação e de um novo começo." 

Reflitam...